quinta-feira, agosto 04, 2011

Toda a felicidade é pouca para curar as feridas do mundo

Começo as manhãs, quase invariavelmente, a juntar a minha assinatura a petições várias. Pela libertação da mulher condenada à morte por lapidação num país islâmico. Pela libertação de animais em cativeiro, condenados a serem esfolados vivos para gente sem alma se sobrir com as suas peles estampadas de uivos de agonia. Para travar pedófilos. Salvar gorilas órfãos. Para acabar com os meninos soldados. Com o tráfico de órgãos. Com a escravatura humana. Com o extermínio de espécies animais, vegetais, pela gula de multinacionais acéfalas cujo fito é um apenas, o lucro a qualquer preço. Para defender países e suas populações. Para travar genocídios. E tanto mais.
Não tenho coragem de apagar essas mensagens que me chegam de instituições que vim a admirar pelos seus esforços incríveis, e que me (nos) dão regularmente conta dos seus resultados. Mas abrir o email é tropeçar nestas cruzadas e sentir-me tão impotente.
Uma assinatura, é quase só o que posso dar. Isso, e passar para o mural do FB com a esperança de que outras assinaturas se juntem às nossas. Ás vezes, muitas vezes, há vitórias. A soma de muitas centenas de milhares de vozes, trava processos, inflecte destinos, altera legislações. Gota a gota, assinatura a assinatura. Somos uma tribo de uma aldeia global. Não nos conhecemos. Temos pés na Terra, mas encontramos-nos a navegar por mundos virtuais. Aí, interferimos. Fazemos a diferença. E mesmo que não fizessemos, como ficar indiferente?
Mas dói. Dói sempre.
A consciência desta dor, não pode porém ensombrar a nossa alegria. Toda a felicidade é pouca para curar as feridas do mundo.
Aqui ficam alguns endereços que já entraram nos meus quotidianos: PETA: THE PETION SITE,
AVAAZ - THE WORLD IN ACTION

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