Que tudo é como um grande rio, impetuoso e rápido, que todas as coisas são “vãs” e que toda a nossa vida se consome em “vaidades” já foi escrito, em português medieval, na Vida de Josaphate, um santo cristão que afinal era o Buda. Que a vida é um “Cabaret” também já o sabemos. Resta saber o que fazer com isso: divertir-se, libertar-se ou, como prefiro, as duas coisas. Fico muito grato à Manuela Gonzaga e ao seu inesgotável talento por me haver proporcionado isso mesmo. Pois um romance-folhetim, Ultra Light e Super Pop, revelará ou não a sua insuspeita profundidade conforme formos ou não capazes de ver que a espuma dos dias é inseparável do grande oceano do que não acaba nem começa.
Paulo Borges, Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, escritor, poeta, ensaista.
http://www.pauloborges.net/
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