quinta-feira, maio 28, 2009

Entrevista a Rádio Clube Português com participaçao de Carlos Poiares

Depois de uma semana praticamente sem me conseguir levantar da cama (raio de altura para ficar doente), levanto-me para ir ao Rádio Clube Português dar uma entrevista ao programa «Minuto a Minuto». Um pouco zonza e contra a vontade da família que acha que ainda não estou em condições de voltar às lides, lá fui eu.
Boa surpresa: o professor Carlos Poiares, director da Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona, junta-se a nós, por telefone, no directo.
Aqui fica o link para o programa:
http://195.23.58.155:8080/streamradio/2009/05/WMS_RM_FILTER/25275082.mp3
Entretanto amanhã vou à Praça da Alegria, RTP, Porto, com Maria Elisa Seara Cardoso Perez, que conheceu Maria Adelaide Coelho quando tinha 15 anos, em casa dos seus pais. Será um excelente testemunho, sem dúvida.
No sábado estou na Feira do Livro do Porto, a partir das 17 horas.

sábado, maio 16, 2009

E por falar em Feira do Livro

Amanhã, Domingo 17 de Maio, pelas 17 horas, vou estar na zona da Bertrand. Amigos, conhecidos, desconhecidos, são todos muito bemvindos.

Presentes da Feira do Livro

Há oito dias, Domingo tantos do tal, Feira do Livro, com Carlos Poiares. Uma palestra, portanto. Com meia duzia de pessoas, e a Feira às moscas. Chuva, frio, vento. Livros. O Carlos Poiares é professor catedrádico, na Lusófona, onde dirige o departamento de Psicologia, dando aulas no mesmo curso. Ao ouvi-lo dissertar sobre o «caso clinico» de Maria Adelaide, e os meandros secretos da saúde mental, e seus avatares, tive vontade de ser aluna dele. E disse-lhe, recebendo de imediato autorizaçao para assistir às suas aulas.
Na verdade, as histórias que evocou eram exemplares. Referências a tomar em consideração: o pavilhão dos «loucos políticos» no Júlio de Matos, tutelado pela polícia secreta, ou melhor, pelo regime. Aliviavam-se as estatisticas dos presos politicos, com uma mão cheia de loucos, também eles lúcidos, cuja loucura era ter voz e ideais, noção pungente de justiça e injustiça. Coragem.
No final, duas senhoras vieram ter connosco. Uma delas, Ana Paula, trazia a biografia de Maria Adelaide, que estava a ler. «Viemos de Sintra, com este tempo, para a conhecer, e pedir-lhe que assinasse este livro. Sigo o seu percurso desde os Jardins Secretos de Lisboa. Sou de História, e imagino o trabalho que envolveu fazer esta biografia.»
Disse outras coisas que não vou reproduzir, mas deixo aqui a nota: estas palavras, esta persença, encheram-me de alegria. Num mundo onde é sempre muito mais fácil censurar, criticar, ignorar, recebermos este tipo de dádiva, generosa e anónima, é um tesouro.