Conheço pessoas que mudaram de país, quero dizer, de nacionalidade. Sei de outras que mudaram de sexo. E de muitas que trocaram de parceiro, parceira, divorciando-se, casando de novo, com registo, cerimónia ou por palavras de presente como soía fazer-se em tempos de antanho. Que é como quem diz, ajuntando-se ou desajustando-se de muitas e desvairadas formas.
Conheço pessoas que mudaram o sentido da sua crença religiosa ao longo dos caminhos da vida. Eram católicas ficaram ateias ou vice-versa. Eram descrentes, tornaram-se budistas, shintoistas, cristãs. Muçulmanos que esqueceram Meca e se voltaram para Roma. Católicos que passaram a invocar Alá, Judeus que trocaram o judaismo por outro ismo qualquer. Budistas que se viraram para o hinduismo. Abreviemos que as mudanças e permutas são imensas.
Mas não conheço ninguém, nem conheço ninguém que conheça ou tenha jamais ouvido falar de alguém que, uma vez escolhido, tenha jamais trocado ou abandonado o seu clube de futebol. No mundo da impermanência, esta permanência é algo perturbante.
Nota: o meu clube de futubol? A Selecção Nacional.
Créditos da imagem no blogue Perdeu-se o controle http://canaladidas.blogspot.com/2007/11/as-melhores-imagens-do-futebol-mundial_07.html
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