sábado, junho 25, 2011

O grito da Floresta

Há uns anos, em Glastonbury, conheci um druida que curava árvores, gente da tribo dos Tree Huggers e dormi quase um mês no primeiro andar de uma moradia de contos de fadas, rodeada por um jardim lindíssimo. O «meu» quarto tinha vista para o monte Tor de Avalon, onde a Mozzaic, de regresso ao futuro, passou um período muito imporante da sua vida actual.
E eu... estava em casa.
Exausta, após alguns anos de intenso trabalho muito mental, sonhava com todas as declinações do verde, os pés nus numa terra escura e fresca. Não planei viagem alguma, até que, quase de um dia para o outro, dei por mim no avião rumo ao único lugar no mundo onde, naquela altura, deveria estar. Na verdade, considero um milagre a forma como tudo se desenrolou para me permitir andar quase dois meses, entre Inglaterra e a Escócia, junto de pessoas que amo e rodeada de árvores o tempo todo. Árvores muito antigas, daquelas que apetece mesmo abraçar com o corpo todo.
A minha história de amor com as árvores vem do fundo da memória, do outro lado do tempo. Nem eu própria a conheço. Recorrentemente encontro-a, essa Árvore de que falo na minha crónica «Tempo dos Milagres» no nosso Boas Notícias.


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