
Entretanto há peixes no lago. Damos-lhes as sobras de pão do pequeno almoço. As grandes carpas vêm das águas escuras do fundo, e saltam agitando a superficie do lago, disputando entre si as codeas. Os minusculos peixes das margens, que comem as larvas dos mosquitos, organizam-se em constelações frenéticas em torno de migalhas. Ultimamente uma familia de patos mergulhões veio viver para aqui em carácter permanente. Ficam a nadar, no meio do lago. Se viermos embora aproximam-se e também disputam este festim. Pode-se ficar muito tempo nesta actividade, sem dar pelo tempo a passar. Há três semanas que não vemos televisão. Zero, nikles. Só uma vez em Monchique, porque o restaurante onde almoçámos tinha écrans por todo o lado. Muitas pessoas mastigavam em silêncio, olhando por cima dos ombros dos parceiros, para o que acontecia no mundo. Fazia muita impressão.
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