"As mil e uma noites de luxo" é o título de um artigo sobre "as rainhas e as primeiras damas do mundo árabe" que com a sua "beleza, ostentação" e protagonismo estão a provocar a "ira dos seus povos que vivem na pobreza". O texto, profusamente ilustrado como seria de esperar, é de António Rodrigues, e está na Flash nº 403, de 14 de Fevereiro, na rubrica "mundo investigação".
Conheço aquelas caras todas. Rania, Leila, Asma, Susana. Jordânia, Tunísia, Síria, Egipto. Rainhas umas, mulheres de presidente, outras. São deusas. São omnipresentes. Pavoneiam a felicidade olímpica e os seus sorrisos inextinguíveis pelo vasto territorio da comunicação social global. Lindas, elegantes, riquíssimas. Têm, todas elas, no mundo a sua casa. Aliás, têm múltiplas casas no mundo todo. Também têm outras coisas em comum. Os maridos são os patrões de países onde a gente comum é muitíssimo desgraçada e onde a juventude sufoca na ausência de horizontesn e na erradicação da liberdade.
Porque estas belas criaturas pontificam em países onde os regimes políticos, ditatoriais, são apoiado por um poder militar esmagador. Pode-se morrer de fome pelas ruas destes "oásis", apodrecer nas cadeias por contestar a injustiça, mas o último grito em matéria de armamento existe com abundância obscena pelos quartéis.
É curioso, mas de certa forma gratificante, encontrar numa revista como a Flash um texto destes, abordando aspectos que seriam de esperar noutro tipo de publicação que não numa revista cor-de-rosa. Por exemplo: a quanto ascendem as fortunas destas primeiras damas? Quem eram, antes, estas criaturas? Onde gastam o dinheiro todo que têm? Onde o guardam? E ainda, como conseguiram a ultrajante riqueza que é fruto de trabalho algum excepto o de existir, porque os vasos comunicantes em países ditatoriais e ditos de terceiro-mundo (que existem também no primeiro mundo mas privilegiam mais assessores e gestores políticos), funcionam tipo um aspirador cirúrgico que suga, da base para o topo da pirâmide, quase toda a riqueza do produto interno bruto.
Como diz o André, as revistas light quando uma pessoa se aplica, têm muito que se lhes diga.
Nota: admito perfeitamente que este tipo de reportagem tenha sido matéria de muitos outros jornais. Só estou a dizer que não vi, mas também não sou grande leitora de muitos jornais actualmente.
Conheço aquelas caras todas. Rania, Leila, Asma, Susana. Jordânia, Tunísia, Síria, Egipto. Rainhas umas, mulheres de presidente, outras. São deusas. São omnipresentes. Pavoneiam a felicidade olímpica e os seus sorrisos inextinguíveis pelo vasto territorio da comunicação social global. Lindas, elegantes, riquíssimas. Têm, todas elas, no mundo a sua casa. Aliás, têm múltiplas casas no mundo todo. Também têm outras coisas em comum. Os maridos são os patrões de países onde a gente comum é muitíssimo desgraçada e onde a juventude sufoca na ausência de horizontesn e na erradicação da liberdade.
Porque estas belas criaturas pontificam em países onde os regimes políticos, ditatoriais, são apoiado por um poder militar esmagador. Pode-se morrer de fome pelas ruas destes "oásis", apodrecer nas cadeias por contestar a injustiça, mas o último grito em matéria de armamento existe com abundância obscena pelos quartéis.
É curioso, mas de certa forma gratificante, encontrar numa revista como a Flash um texto destes, abordando aspectos que seriam de esperar noutro tipo de publicação que não numa revista cor-de-rosa. Por exemplo: a quanto ascendem as fortunas destas primeiras damas? Quem eram, antes, estas criaturas? Onde gastam o dinheiro todo que têm? Onde o guardam? E ainda, como conseguiram a ultrajante riqueza que é fruto de trabalho algum excepto o de existir, porque os vasos comunicantes em países ditatoriais e ditos de terceiro-mundo (que existem também no primeiro mundo mas privilegiam mais assessores e gestores políticos), funcionam tipo um aspirador cirúrgico que suga, da base para o topo da pirâmide, quase toda a riqueza do produto interno bruto.
Como diz o André, as revistas light quando uma pessoa se aplica, têm muito que se lhes diga.
Nota: admito perfeitamente que este tipo de reportagem tenha sido matéria de muitos outros jornais. Só estou a dizer que não vi, mas também não sou grande leitora de muitos jornais actualmente.
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