quarta-feira, março 30, 2011

Timóteo goes to Porto




Várias pessoas na organização (TEDx O'Porto) terão pensado, e com toda a legitimidade, que a exigência de levar um cão connosco tinha fumos de "vedetismo", quando na verdade esta logística prende-se com questões patrimoniais e de sobrevivência. Nas duas vezes que o deixamos só por pouco tempo: destruiu por completo o interior do carro; abriu a porta da rua depois de ter deitado para o chão várias coisas. De ambas as vezes a alegria e o nervosismo com que nos recebeu foram tocantes, embora ficássemos naturalmente zangados com as avarias... 
Não sabemos e nunca iremos saber que tratamento terá sido dado a este cão que o tornou (ainda) tão dependente da nossa presença. O abandono, só por si, explica a sua aflição. Mas deve haver outras fontes de maus tratos. Por exemplo, o deixarem-no dias a fio sozinho. Passearem-no muito pouco. Estimularem nada a sua tremenda inteligência. Já conseguimos que fique um dia inteiro com estranhos. No Porto uma querida Amiga, Maria Elisa Seara Cardoso Perez, tomou conta do Timóteo por dois dias. Correu a casa toda, meteu o nariz em todo o lado, adorou o jardim de onde espreitava os gatos das redondezas e os cães dos jardins vizinhos. Ao fim de umas horas, ele choramingava, mas adaptou-se muito bem, com todo o carinho que ela, e a família, filhos, netos, lhe dispensaram.  Entretanto, conseguiu abrir as DUAS portas que dão para a  rua, com fechos distintos e formas de abrir diversas. Foram dar com ele deitado na rua a olhar com muito atenção pessoas e automóveis. Voltou para dentro sem problema. À noite recebia-nos com uma alegria transbordante. Conseguimos ficar no único hotel no Porto que aceita cães maiores do que gatos. O excelente Tiara Park, ex-Meridien. 

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