quarta-feira, junho 29, 2011

Do amor

I
Do amor conheço folhas, flores e frutos. E o cheiro das raízes que abraçam a terra. Do amor conheço a morte branda e a noite escura, a das secas lágrimas. Do amor conheço o fogo forte e o fogo fátuo. Falta-me, porém, encontrar o nada que é tudo. 
Minha irmã loba, minha irmã morena, estareis comigo quando vos chamar?

sábado, junho 25, 2011

O grito da Floresta

Há uns anos, em Glastonbury, conheci um druida que curava árvores, gente da tribo dos Tree Huggers e dormi quase um mês no primeiro andar de uma moradia de contos de fadas, rodeada por um jardim lindíssimo. O «meu» quarto tinha vista para o monte Tor de Avalon, onde a Mozzaic, de regresso ao futuro, passou um período muito imporante da sua vida actual.
E eu... estava em casa.
Exausta, após alguns anos de intenso trabalho muito mental, sonhava com todas as declinações do verde, os pés nus numa terra escura e fresca. Não planei viagem alguma, até que, quase de um dia para o outro, dei por mim no avião rumo ao único lugar no mundo onde, naquela altura, deveria estar. Na verdade, considero um milagre a forma como tudo se desenrolou para me permitir andar quase dois meses, entre Inglaterra e a Escócia, junto de pessoas que amo e rodeada de árvores o tempo todo. Árvores muito antigas, daquelas que apetece mesmo abraçar com o corpo todo.
A minha história de amor com as árvores vem do fundo da memória, do outro lado do tempo. Nem eu própria a conheço. Recorrentemente encontro-a, essa Árvore de que falo na minha crónica «Tempo dos Milagres» no nosso Boas Notícias.


quarta-feira, junho 15, 2011

Voltar da Terra e pôr os pés no chão



O encanto dos jardim público. A vantagem da sua proximidade. A saudade da terra brava nos campos mais belos do mundo. Os nossos. Mas e para que conste, as imagens têm umas semanas e foram caçadas durante o breve milagre azul dos jacarandás. A pedido do Rui, por ora em trânsito algures nas terras onde o Amazonas «corre em Trás-os-Montes» para desaguar no Tejo. Portugal no coração, nosso fado tropical. 

sexta-feira, junho 10, 2011

Plantar uma árvore

Em Espariz. Em Março era uma semente. Agora é esta árvore  cheia de promessas. A Terra é generosa. Dá sempre muitissimo mais do que recebe. De pés no chão rico sente-se o pulsar da vida.

sexta-feira, junho 03, 2011

A imaginação é a fábrica dos sonhos

Não resisto publicar este comentario a uma das minhas visitas a uma escola secundaria::
«Nunca mais vou esqueçer este dia, foi muito marcante. A parte que gostei mais foi a da casa das vespas :D, é linda a maneira como voce fala, abriu o meu outro mundo e deu asas á minha imaginaçao, as historias que foram contadas e partilhadas nunca mais serao esqueçidas.E, n me lembro bem da frase mas era do tipo: A imaginaçao é a frabrica dos nossos sonhos. N me lembro bem, mas ficou marcada.» - palavras de uma aluna a propósito da minha ida a Leiria, ao Colégio Senhor dos Milagres, de que guardarei também, para sempre, uma memória viva e tão estimulante.