Amadeo de Souza-Cardoso
(1887-1918) – vai ser alvo da grande
homenagem que há tanto lhe era devida. Na última edição da Vogue Portugal, escrevi sobre ele. Foi um privilégio revisitar a sua vida e obra. MG
"Português
de gema, nortenho a quem Lisboa nunca capturou, homem do mundo, que se procura
incessantemente, recusando escolas, que homem, que pintor, que filho da terra,
que português foi ele? Como amou, como foi amado? «Cada artista que o é, tem em
si qualquer coisa de inconfundível, que só lhe pertence e a ninguém mais» -
escreverá em 1910, já em Paris, ao seu tio Francisco, seu primeiro mentor
artístico, aquele que mais apoiará as suas opções, homem de grande
sensibilidade e cultura, e até na «filiação» política monárquica que lhe
transmite ao longo da infância breve e tão protegida. Filho de José Emídio de
Sousa Cardoso, produtor vinícola reconhecido, e de Emília Cândida Ferreira
Cardoso, Amadeo nasceu na madrugada do dia 14 de novembro de 1887, e passou uma
infância feliz na grande casa de família, rodeado dos pais, nove irmãos, tios,
primos e criados, rendeiros e tarefeiros contratados para os serviços da
quinta."
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