domingo, janeiro 27, 2019

Quando Chang'an?

À noite, ouço a música das ondas na imensidão de areia que cobre as cidades mortas no deserto de Taklamakan. Vejo o vento dançar nas dunas e erguer do pó Serafins com rostos de homem e asas de anjo. Uigures de pele escura, narizes grandes e vozes profundas a cantar as tempestades que sepultaram palácios e templos e mercados e casas nos oásis, e os ladrões de túmulos petrificados de medo porque o ouro dos seus saques voltou ao altar de Kuan Yin, a que ouve os lamentos do mundo. A da Compaixão.

Amor, somos tão efémeros e a viagem é tão longa. 

Quando verei Chang'an?



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