terça-feira, fevereiro 28, 2012

Ma cousine, si tu savais comme tu me manques

Isso era o que ele pensava, mas não lho dizia. Pelo menos desta maneira, embora a tratasse por «minha mui querida e amada mulher» em todas as cartas. Ás vezes, chegava a adoecer e os próprios médicos diziam que quando voltasse aos braços da amantíssima rainha sua esposa, todos os seus males, gota inclusive, desapareceriam. Mas o que ele lhe escrevia era muito diferente: havia tanta coisa a tratar, antes de poder pensar em regressos. Que coisas? Oh, o costume. Os negócios da fé, a guerra em várias frentes, as fragilidades do império sem unidade religiosa...
Era sempre a mesma desculpa. Ainda por cima, era verdadeira.

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