Afinal há justiça. Muitos criminosos estão a ser perseguidos e punidos de forma exemplar por delitos muito graves. É fácil detectá-los. São velhos e velhas que vivem de reformas de miséria, no interior cada vez mais desertificado do País. Uns, pegam no excesso de ovos caseiros que as suas galinhas produzem e vendem-nos. Sem recibo. Outros fazem pão no forno comunal e vendem-nos. Sem recibo. Outros ainda, dedicam-se aos seus crimes de volta do fogão, fazendo bolos e vendendo-os aos pequenos cafés locais. Sem recibo. Este estado de coisas, graças ao empenho das autoridades, está a terminar. Vejam como tudo começou e como tudo acaba ao longo de um artigo fundamental de que citamos uma pequena parte.
«É que, e ao contrário de Espanha, Portugal não negociou acordos especiais para quem tem pequenos negócios. As consequências: toda a produção em pequena escala - cafés, restaurantes, lojas e padarias que tornam este país atractivo - é de facto ilegal. Só existem duas hipóteses, ou legalizam o seu comércio tornando-se grandes produtores ou continuam como fugitivos ao fisco. Até agora e de certa forma, isto era aceitável em Portugal mas neste momento, parece que o governo descobriu os verdadeiros culpados da crise: o homem modesto e a mulher modesta como pecadores em matéria de impostos. Como resultado, as autoridades fecharam uma série de casas comerciais e mercados onde dantes eram escoadas os excedentes das parcas produções dos pequenos produtores e transformadores, que ganhavam algum dinheiro com isso, equilibrando a economia local.»
Para ler o artigo na íntegra: Leila Dregger, «SUBSISTÊNCIA É RESISTÊNCIA» em Transição e Permacultura Portugal
Procura-se mulher perigosa, com reforma de miséria, que faz bolos em casa e os vende sem recibo |
«É que, e ao contrário de Espanha, Portugal não negociou acordos especiais para quem tem pequenos negócios. As consequências: toda a produção em pequena escala - cafés, restaurantes, lojas e padarias que tornam este país atractivo - é de facto ilegal. Só existem duas hipóteses, ou legalizam o seu comércio tornando-se grandes produtores ou continuam como fugitivos ao fisco. Até agora e de certa forma, isto era aceitável em Portugal mas neste momento, parece que o governo descobriu os verdadeiros culpados da crise: o homem modesto e a mulher modesta como pecadores em matéria de impostos. Como resultado, as autoridades fecharam uma série de casas comerciais e mercados onde dantes eram escoadas os excedentes das parcas produções dos pequenos produtores e transformadores, que ganhavam algum dinheiro com isso, equilibrando a economia local.»
Para ler o artigo na íntegra: Leila Dregger, «SUBSISTÊNCIA É RESISTÊNCIA» em Transição e Permacultura Portugal
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