Mais um trecho do próximo livro. MG.
«Sou de um tempo em que fadas e anjos eram quase da mesma família. Sou de um tempo em que, entre fadas e anjos, se estendia uma muralha de fogo e um redemoinho de anátemas. Sou do tempo em que fadas e anjos jaziam, lado a lado num sepulcrário, o mesmo, atulhado de fantasias quebradas e arrumadas a eito. Podíamos visitá-los como quem percorre um museu, ou a cave de um precioso teatro barroco, atulhada de adereços inúteis, sem uma única referência de como, quando e para quê foram usados. Sou de um tempo em que nem se falava de fadas, nem de anjos. Sou de um tempo em que inventámos uns e outros, à medida que eles próprios nos inventavam também.
É a memória um jogo?
«Sou de um tempo em que fadas e anjos eram quase da mesma família. Sou de um tempo em que, entre fadas e anjos, se estendia uma muralha de fogo e um redemoinho de anátemas. Sou do tempo em que fadas e anjos jaziam, lado a lado num sepulcrário, o mesmo, atulhado de fantasias quebradas e arrumadas a eito. Podíamos visitá-los como quem percorre um museu, ou a cave de um precioso teatro barroco, atulhada de adereços inúteis, sem uma única referência de como, quando e para quê foram usados. Sou de um tempo em que nem se falava de fadas, nem de anjos. Sou de um tempo em que inventámos uns e outros, à medida que eles próprios nos inventavam também.
É a memória um jogo?
O meu touro abriu as
asas. Céus, como ele ri!»
John Anster Fitzgerald (1823? – 1906) -
Fairies
Looking Through an Open Window
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[Manuela Gonzaga, ainda sem titulo, a publicar.]
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