domingo, março 20, 2016

Para (muitos) bens ou quando os peixes têm asas

Quando os peixes têm asas nunca se sabe onde podem ir parar. Então, é assim. Ontem fiz anos. E foi muito bom, apesar das distâncias tantas e todas. É que foram centenas de mensagens - somadas em telefonemas, sms, posts e emails... Vozes atravessaram mares, oceanos, ventos, fusos horários. Abraços de todos os tamanhos, e todos a caberem no coração. Mas uma das mensagens que mais me tocou chegou-me dela. Da Mozzaic. A recordar a festa de aniversário, minha, onde cantei fado com guitarristas profissionais e tudo - presente/surpresa de amor.

Mas é dela que quero falar. Um dia, que terá de ser breve, vou escrever, a quatro mãos a história incrível da vida dela. Nunca conheci ninguém assim. Aqui fica o seu beijo e abraço de para (muitos) bens que me chegou pelas redes, via Las Vegas onde ela se encontra a viver. E onde, nas margens do deserto, criou um oásis. Como só ela sabe fazer.

 Olha encontrei: Oh minha querida parece que foi ontem que estava contigo na tua festa de anos no Bairro Alto e ate cantaste o fado. Experiência linda que nunca me esquecerei. Tens uma voz de fadista incrível, foi uma surpresa tao agradável. E depois entre esse "ontem" e hoje, se passaram 15 anos. A tua magia trouxe-me um Paddy, e tantos voos magníficos paralelos a tua viagem encantadora e surpreendente. A magia de Avalon, vai unir-nos para sempre. E vieram livros com jardins secretos, Isabeis, Andres, Variações, e tantos mais bebes que trouxeste ao mundo, gerados no teu coração e na tua mente brilhante. E vieram Tims foram-se Toms,entraram Pans e PuM! foste candidata a Belém, deste que falar, abriste horizontes por desbravar numa mentalidade portuguesa, sedenta de possibilidades. Foram os Artivists, E os animais, sempre os animais e a natureza passando pelos direitos das pessoas. Tu defendes tudo, ensinas, avisas, choras e ris, delicias-te com a humanidade dos animais e a deshumanidades dos humanos deixa-te muito triste e revoltada. Então pegas nessa revolta e transformas isso tudo num projecto positivo. Es uma fonte de inspiração minha querida amiga. Alimentas-te conscientemente, e distribuis por todo nos essa energia positiva. Que viagem! Adoro-te e desejo que muitas mais rodadas em torno do sol, te tragam tantas outras aventuras, muita PAZ e muito amor. Ja faltam poucos dias para te dar este abracinho que trago guardado no meu coração desde a ultima vez que nos vimos ha 7 anos atrás! Parece que foi ONTEM. Parabéns, passa um dia muito feliz e delicia-te com um bolo de chocolate Emoji wink Emoji heart



Em 2001, os peixinhos que deixou numa das paredes da nossa casa valeram-lhe um bilhete de avião (e mais do que isso) até Glastonbury/Avalon. Ali, começou uma nova vida. Extraordinária. Em 2008 voltou e colocou mais peixinhos. Com esses, foi até Los Angeles. Temos de escrever essa e muitas outras histórias. Mesmo. Contadas ninguém acredita.

quinta-feira, março 17, 2016

Amadeo de Souza-Cardoso

Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918) – vai ser alvo da grande homenagem que há tanto lhe era devida. Na última edição da Vogue Portugal, escrevi sobre ele. Foi um privilégio revisitar a sua vida e obra. MG

"Português de gema, nortenho a quem Lisboa nunca capturou, homem do mundo, que se procura incessantemente, recusando escolas, que homem, que pintor, que filho da terra, que português foi ele? Como amou, como foi amado? «Cada artista que o é, tem em si qualquer coisa de inconfundível, que só lhe pertence e a ninguém mais» - escreverá em 1910, já em Paris, ao seu tio Francisco, seu primeiro mentor artístico, aquele que mais apoiará as suas opções, homem de grande sensibilidade e cultura, e até na «filiação» política monárquica que lhe transmite ao longo da infância breve e tão protegida. Filho de José Emídio de Sousa Cardoso, produtor vinícola reconhecido, e de Emília Cândida Ferreira Cardoso, Amadeo nasceu na madrugada do dia 14 de novembro de 1887, e passou uma infância feliz na grande casa de família, rodeado dos pais, nove irmãos, tios, primos e criados, rendeiros e tarefeiros contratados para os serviços da quinta." 







quarta-feira, março 16, 2016

«Só de pensar nela»

Na última revista das Correntes D'Escritas vem um conto meu. Gosto muito de histórias curtas. De as ler, e de as escrever. É um desafio aliciante, embora 'comercialmente' como reconhecem os editores, nada interessante. Este relato relâmpago, porém, recordou-me, as saudades imensas que tenho de escrever: ficção, ensaio e tudo aquilo a que for convocada. 

Partilho a história breve.