quarta-feira, março 29, 2017
quarta-feira, março 22, 2017
André e a Esfera Mágica - uma opinião
A partir do final deste Março, e ao longo dos próximo três meses, tenho uma agenda bem carregada de visitas às Escolas (secundário) em todo o país, sobretudo Norte e Centro, para falar da colecção juvenil que criei e a Bertrand relançou, juntamente com um inédito. E de muito mais coisas! Nunca sei o que vai acontecer e como vai decorrer! Que saudades de dialogar com o público mais jovem.
Entretanto e pela blogosfera, estas aventuras estão a despertar muito interesse. Mais uma opinião, agora no blogue Livros de Vidro:
Para ler tudo:
Entretanto e pela blogosfera, estas aventuras estão a despertar muito interesse. Mais uma opinião, agora no blogue Livros de Vidro:
«Temos a dizer que os jovens ao lê-lo terão de o fazer de uma forma concentrada. Não é, apesar de tudo, um livro com uma linguagem fácil. Ou seja, embora tenha uma estrutura simples e adequada, pensamos nós, o facto é que são empregues palavras "difíceis". Se consideramos isso mau? Não. Pelo contrário.
Somos da opinião que isso obriga a que os mais novos vão tentar "descobrir" o significado das mesmas e que também, dessa forma, possam enriquecer o seu léxico e desenvolver-se.
Parece-nos uma forma mais divertida de aprender e criar estruturas mentais no que à língua portuguesa diz respeito. [...]
Para ler tudo:
Opinião: "André e a esfera mágica" de Manuela Gonzaga
terça-feira, março 14, 2017
Entretanto, amo
Os meus ideais de bem, de bom e de belo estão sujeitos aos parâmetros do meu eu. Estão limitados pelo tempo, pelo modo ou costume e pelo espaço em que me desloco. São circunstanciais. O meu ideal de Amor não tem fronteiras e nele se integram tudo e todos os seres, num tempo para lá do tempo. Nessa radiância esplendorosa dissolve-se aquilo que considero eu. O meu ideal de Amor é, assim, uma infinita, inacessível e nostálgica miragem. Entretanto, amo. Com todas as falhas e todas as intermitências do meu transitório existir.
Cromeleque do Xerez, nascer do sol |
domingo, março 12, 2017
A curadora do Limbo
De uma leitora, adulta, recebi um email que, com sua autorização partilho. O seu relato não tem qualquer relação com a aventura a que se refere, mas foi a leitura de André e a Esfera Mágica, e a passagem para a outra margem do sonho que ali acontece, que despertou esta memória em toda a sua nitidez. MG
«Ao acabar de ler o André
e a Esfera mágica, lembrei-me dum sonho meu, bem real e vivido intensamente,
já lá vão uns anos. Ele foi tão marcante e importante que ainda hoje o recordo na íntegra. Foi a minha afirmação/confirmação de que sim, eu queria mesmo ser terapeuta/curadora.
As imagens, as cores, o local, o aspeto dos intervenientes
estão bem presentes. Foi e ainda é tudo tão nítido…
A Curadora do Limbo
Encontro-me à entrada de uma casa branca. Muito branca e
enorme. Atrás de mim, uma porta de vidro que tenho de passar, antes porém, tenho
de perceber o que estou ali a fazer e o que me terá ali levado…Para além desta porta de vidro, normal, há uma outra, a uns
metros de distância desta mas bastante diferente. Da altura da casa e da mesma
largura que a altura, faz lembrar um portalhão como os que existem nos quartéis
de bombeiros, que abrem e fecham para guardar os carros tanques.
Não se vê vivalma…
Esta casa está isolada. À sua volta, apenas terra. Terra morta,
escura, sem vida. Não há uma única planta, animal, água. Apenas terra argilosa,
seca. É imensa a sua extensão. E eu olho sem entender o que estou ali a fazer.
Às tantas, bem lá ao longe, algo se desloca, devagar, na minha direção. Percebo
que no meio daquele deserto há um sinuoso e ligeiro caminho que evolui pela
frente da casa e continua. Aquele vulto vai-se aproximando e percebo que é um
homem, também ele escuro, pouco se diferençando da cor da terra argilosa. Traz
consigo a lancheira e, preso a si com correntes fortes, carrega um enorme
tronco de árvore. Aqui e ali, cai nos buracos cavados na terra, (parecendo que
antes por ali tinha passado um todo-o-terreno) e, com um enorme esforço, lá se levanta,
rastejando. Fico a observar, sem intervir nesta caminhada que é só dele. Reparo,
ainda, que este homem mantém os olhos fechados. Porque será?
Passa à minha frente e continua. Não me vê, não vê a casa e segue…
Mais atrás, vem outro homem nas mesmas condições. Com o
tronco acorrentado a si. O peso destes troncos é muitíssimo superior ao peso destes
Seres. O que representará? O que estou eu al a fazer? Este segundo homem,
também de olhos fechados, cansado, caminha para dentro da casa entrando pelo
portalhão. Percebo o porquê das suas dimensões. Os troncos que estes homens têm
de manter de pé, para os poderem arrastar, são da altura daquela porta. Continuo
ali, durante bastante tempo. Homens (nunca vi mulheres), continuam a passar.
Uns, entram na casa, outros seguem a sua caminhada como que se a sua pena não
tivesse chegado ao fim.
Dos que entram na casa, nenhum sai. Eu continuo ali, apenas
olhando e, aos poucos, percebo o que estou a testemunhar. Estou numa realidade
paralela. No Limbo. Ali, onde as Almas dos pecadores, dizem, se encontram em
penitência pelos males que fizeram em vida. Não podem ascender porque os
“pecados” foram muitos e por isso têm de penar. Os troncos, as correntes, mantêm-nos
ligados ao sofrimento. Uma forma de remissão. Mesmo sabendo que a casa está ali
para os ajudar a libertar e ascender, de olhos fechados, recusavam-se a vê-la.
Pobres Seres. Que sofrimento…
Entro na casa. Agora estou ciente do que se passa e qual a
razão da sua existência. Subo um lance de escadas e, ao meu encontro, descem duas mulheres. Uma está apenas, mas a outra, de bata branca, estetoscópio
ao pescoço, fala-me: “estou à tua espera há imenso tempo. Anda daí. Preciso de
ti…”
E eu vou. Muito feliz por saber o que estou ali a fazer.
Ajudar estes Seres a ascenderem, livres de culpas, sem dor, sem sofrimento, é a
missão maior dum terapeuta. Quando escolhi ser uma curadora, não imaginava a
grandeza desta missão. Por isto, sou feliz e estou muito grata!!!!
Helena Jorge
Alfornelos, 7/3/2017
terça-feira, março 07, 2017
Os livros do «Mundo de André» foram muito «Bem vindos»
Fui a África e voltei. Soube-me muito bem. Soube-me a pouco. Foi durante uma conversa com a encantadora jornalista Cláudia Leal, que apresenta o programa Bem-Vindos cujo mote começou por ser 'O Mundo de André' e os livros recém lançados. André e a Esfera Mágica e André e o Baile de Máscaras.
Portanto, falámos de sonhos, de crianças de todas as idades, de universos paralelos ou múltiplas dimensões. Falámos do maravilhoso embondeiro, essa árvore mãe que abriga o sono eterno dos poetas e contadores de histórias africanos, os Griots, e do seu fruto, o malambe, que tem um papel decisivo na última aventura do André. A conversa, mesmo assim longa, que passou a correr, levou-nos até Moçambique e Angola. Depois, voltámos ao Porto minha cidade berço, e a Sines, meu porto de abrigo em anos que já lá vão. E ainda falámos do Alentejo. De animais. De causas. De amores. Do amor.
E de histórias, muitas histórias, escritas e por escrever. Foi muito, muito bom.
Clicando na imagem, segue-se para a entrevista.
Portanto, falámos de sonhos, de crianças de todas as idades, de universos paralelos ou múltiplas dimensões. Falámos do maravilhoso embondeiro, essa árvore mãe que abriga o sono eterno dos poetas e contadores de histórias africanos, os Griots, e do seu fruto, o malambe, que tem um papel decisivo na última aventura do André. A conversa, mesmo assim longa, que passou a correr, levou-nos até Moçambique e Angola. Depois, voltámos ao Porto minha cidade berço, e a Sines, meu porto de abrigo em anos que já lá vão. E ainda falámos do Alentejo. De animais. De causas. De amores. Do amor.
E de histórias, muitas histórias, escritas e por escrever. Foi muito, muito bom.
Clicando na imagem, segue-se para a entrevista.
sábado, março 04, 2017
A opinião dupla de Sofia Teixeira - Bran Morrighan
A opinião da critica literária Sofia Teixeira sobre os dois livros de 'O Mundo de André' no seu espaço referencial BRAN MORRIGHAN
OPINIÃO: Descobrir a escrita da Manuela Gonzaga foi uma das maiores dádivas que 2014 me trouxe. Comecei pelo género com que raramente se começa - a Não Ficção - e talvez por isso o meu respeito e admiração tenham crescido ainda mais desmesuradamente. O livro com o qual comecei foi o Moçambique - Para a Mãe Lembrar Como Foi e é autobiográfico. Uma delícia de se ler. Em 2015 a querida Manuela editava Xerazade - A Última Noite, um do melhores livros editados nesse ano, na minha humilde opinião, e também um dos mais subvalorizados de sempre. Não há como dizer isto de outra maneira, mas o público literário português parece andar perdido no seu gosto. Sem ofensa. Este último não tem nada de autobiográfico, é antes um romance que repesca esta maravilhosa personagem da literatura intemporal, Xerazade. E Manuela reinventa-a e transforma-a em algo deliciosamente contemporâneo, sem que com isso se perca pitada de magia.
MORRIGHAN
OPINIÃO DUPLA: ANDRÉ E A ESFERA MÁGICA E ANDRÉ E O BAILE DE MÁSCARAS, DE MANUELA GONZAGA
OPINIÃO: Descobrir a escrita da Manuela Gonzaga foi uma das maiores dádivas que 2014 me trouxe. Comecei pelo género com que raramente se começa - a Não Ficção - e talvez por isso o meu respeito e admiração tenham crescido ainda mais desmesuradamente. O livro com o qual comecei foi o Moçambique - Para a Mãe Lembrar Como Foi e é autobiográfico. Uma delícia de se ler. Em 2015 a querida Manuela editava Xerazade - A Última Noite, um do melhores livros editados nesse ano, na minha humilde opinião, e também um dos mais subvalorizados de sempre. Não há como dizer isto de outra maneira, mas o público literário português parece andar perdido no seu gosto. Sem ofensa. Este último não tem nada de autobiográfico, é antes um romance que repesca esta maravilhosa personagem da literatura intemporal, Xerazade. E Manuela reinventa-a e transforma-a em algo deliciosamente contemporâneo, sem que com isso se perca pitada de magia.
Como já devem ter percebido, em dois géneros literários completamente diferentes, Manuela Gonzaga conseguiu aqui uma proeza que poucos escritores conseguem, pelo menos comigo, que é manter uma absoluta e total concentração na sua escrita. Há sempre mais do que aquilo que o olho vê, e os universos que esta nossa escritora cria não são excepção. Quando o ano passado me perguntou se eu gostaria de conhecer e vir a apresentar as aventuras do Mundo de André, confesso que fiquei surpreendida. Ora, se começamos a ler uma autora pela Não Ficção, depois por um Romance absolutamente extraordinário, mas sem dúvida alguma adulto, não será assim tão estranho questionar como é que o registo se encaixaria numa narrativa infanto-juvenil. Mais uma vez, irrepreensível.
Quando no Sábado passado, dia 25 de Fevereiro, apresentei estes dois livros que podem ver na imagem, o primeiro uma reedição e o segundo (que na verdade é o quarto da série) um lançamento, e olhei para os presentes, já tantos conhecidos de vista da apresentação de Xerazade, tive a certeza que todos partilhavam da mesma opinião que eu: Manuela Gonzaga é um ser humano extraordinário e a sua escrita bebe inteiramente disso, independentemente do género literário. No Mundo de André, essa essência é ainda mais notável e notória, pois de uma forma simples, sem ser infantil, Manuela consegue dar abanões, alertar para estados de alma e de falsos crescimentos, juntando sempre um toque de magia, de ciência, de história ou até da história da sua própria família. André existe na vida real, agora já com um filhote também, tal como Marta, a sua irmã mais nova.
André e a Esfera Mágica marca o início de uma série de aventuras em que André terá de se colocar à prova e àquilo em que acredita. Tudo começa com a chegada do circo e com a sua primeira paixão. Depois é obrigado a mudar-se para a cidade, mas consigo transporta uma esfera, oferecida pela pequena rapariga do circo pela qual se apaixonou. Essa esfera irá transformar-se no portal que o fará viver coisas imprevisíveis, mas absolutamente fascinantes. Em André e o Baile de Máscaras, conhecemos novas personagens, mas o que me marcou mais foi a forma sublime como a temática, de que enquanto crescemos vamos construindo máscaras para ocultar os nossos verdadeiros pensamentos e sentimentos, foi construída. Está super acessível e perceptível e faz-nos querer recuperar a criança interior que tanto abafamos. Honestamente é uma série que recomendo sem pejo algum. Boas leituras e divirtam-se!
MORRIGHAN
Mail: branmorrighan[at]gmail[dot]com
sexta-feira, março 03, 2017
Mentiras e máscaras e bailes de monstros
Mentiras e máscaras. Bailes de monstros. Festas tristes e festas alegres. Festas com encontros aterradores... fugas com ajudas surpreendentes, de onde e de quem menos se espera. Perigos atrás das portas. Uma Biblioteca sem fim à vista. Um Palazzo. Um Banco de Sementes sem fim. Uma alucinante viagem. Reencontros. O malambe, a semente do embondeiro, a mais misteriosa árvore que existe, resolve o mistério e faz surgir uma mulher negra, aterradora e belíssima cujo poder alcança os três reinos por onde decorre a aventura. É ela que detém o poder de resolver o enigma.
E mais, muito mais. É disso que trata o meu próximo livro.
A vida real é uma fonte inextinguível de inspiração. Outra fonte de inspiração: como fazer das adversidades aliadas, das alegrias faróis, e depois pegar em tudo, embrulhar, baralhar e dar de novo. Para crianças e jovens de TODAS AS IDADES!! É o Mundo de André a girar.
O primeiro, André e a Esfera Mágica, foi relançado.
Ambos com capas do pintor Gonçalo Jordão, que vai ilustrar também as dos próximos (inéditos) e dos anteriores a serem igualmente, reeditados.
E mais, muito mais. É disso que trata o meu próximo livro.
Embondeiro |
A vida real é uma fonte inextinguível de inspiração. Outra fonte de inspiração: como fazer das adversidades aliadas, das alegrias faróis, e depois pegar em tudo, embrulhar, baralhar e dar de novo. Para crianças e jovens de TODAS AS IDADES!! É o Mundo de André a girar.
Esta coleçção, com todos os títulos de minha autoria, tem a chancela LER + Plano Nacional de Leitura. Os livros estão actualmente na Bertrand Editora.
O último, André e o Baile de Máscaras, é uma estreia e acabou de ser lançado no mercado. O primeiro, André e a Esfera Mágica, foi relançado.
Ambos com capas do pintor Gonçalo Jordão, que vai ilustrar também as dos próximos (inéditos) e dos anteriores a serem igualmente, reeditados.
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