sábado, abril 01, 2017

Literatura e Liberdade

Escritora, com uma colecção infanto-juvenil que lhes é dedicada, comecei a visitar escolas para falar dos meus livros. As visitas são organizadas pelos professores de Português, ou, eventualmente, pelos professores responsáveis pelas bibliotecas escolares. Ao longo desta última semana, tive o privilégio de falar para várias turmas (5º e 6º anos), em Viseu, Agrupamentos de Escolas de Viseu Norte; em Rio Maior, Colégio São Cristóvão; e nas Escolas Básicas Marinhas do Sal. 





A conversa incide, em grande medida, sobre livros que já publiquei. Sobretudo os desta colecção que lhes é dedicada. Mas também sobre os outros, que já são muitos e têm públicos mais «crescidos».  Mas, e muitas vezes, diante destes jovens só me apetece pedir-lhes desculpa pelo mundo que lhes vamos deixar por herança... um mundo semidestruído nos alicerces que suportam a vida humana neste planeta. Ao mesmo tempo, complemento este pedido de desculpa com uma declaração de fé, inabalável, que tenho no melhor que eles. são. E na confiança que tenho na capacidade deles, na sua força, para mudarem e moldarem o futuro que lhes inquinámos, graças ao poder incomensurável da sua imaginação criadora. 


É por isso que junto a minha voz à de todos quantos se esforçam para lhes despertar o gosto pela leitura e os incentivo a pensar na Liberdade. A verdadeira liberdade, que começa no pensamento. Falo-lhes dos livros que escrevo, porque há, em cada uma das aventuras do André - desde A Esfera Mágica ao Baile de Máscaras - uma, várias lições de vida, como muito curiosamente um dos jovens mais atento me assinalou. 
Mas o que lhes desejo e peço, acima de tudo, é que leiam. Não está só na mão deles. Está na mão dos pais e dos professores. Sobretudo, dos professores de Português. Não é uma questão de dinheiro - as bibliotecas escolares deixam levar os livros para casa. É uma questão de dar estímulo certo, no lugar certo. É um apelo à excelência - dos professores e da própria família. Quanta responsabilidade... a de todos nós. 

Sim De todos nós. 

Em Agrupamento Escolas Viseu Norte, Colégio Frei Cristovão, em Rio Maior, com um auditório à cunha e em Escolas Básicas Marinhas do Sal, várias sessões organizadas pelo director da biblioteca, e que foram altamente concorridas). Com Rita Palma









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