quarta-feira, agosto 16, 2017

Al Berto para sempre

O Vicente do Ó realizou um filme que foca a vida do poeta Al Berto no ano solar de 1975 que vai estrear brevemente. Conhecemo-nos por um acaso «milagroso» e por uma soma de coincidências. Ele encontrou registos dessa época num texto meu, neste blogue. Mais tarde, levou à cena uma peça de teatro sobre António Variações, biografado por mim (a única bio historiográfica e extensiva que existe deste ícone pop português). Estamos assim ligado por fios luminosos de imagens, palavras, acção, a duas figuras ímpares do nosso século XX. Acrescente-se que eu conheci os dois, António Variações e Alberto Pidwell, em cujo palácio vivi nesse inesquecível ano de 1975. E Vicente do Ó é, simplesmente, o irmão mais novo do grande amor de Alberto, João Maria do Ó. Grande, sim. Fui testemunha de quão intensa, fulgurante e bela foi a história de amor entre ambos. Quem melhor do que Vicente, que já recuperou a memória de outra grande, Florbela Espanca no cinema português, e cresceu a conhecer, a privar com o poeta, com os dois poetas, para levá-lo ao grande ecrã?

Partilho um texto (facebook) que evoca, muito parcialmente, essa época em que vivíamos no Palácio Pidwell. E duas fotos preciosas. Numa delas,  a única que consegui conservar, revejo  Al Berto que todos conhecem, e João do Ó, que já foi publicado postumamente pelo irmão, o realizador do filme que todos aguardamos. E eu?

Junto memórias, sou tecelã de palavras. Que vida. Há que vivê-la, há que contá-la.

quarta-feira, agosto 02, 2017

Roman initiatique et contes de fées

Os últimos meses têm sido férteis de acontecimentos. É que, para além de continuar na minha querida Bertrand Editora, passei a ser agenciada pela Agência das Letras, e integro o seu Conselho Editorial.  A somar, os meus livros continuam a dar-me muitas alegrias. Desta vez, é a lindíssima capa da autoria de Vincent Alta Sombra, para a segunda edição em francês de Xerazade - a Última Noite edição em papel com distribuição pelo catálogo da muito prestigiada Hachette Livre.


Sobre este meu romance, a editora/tradutora Laure Elisabeth Collet escreve: 


«Roman initiatique et contes de fées tout à la fois, comme son héroïne, il est l'Un et le tous. Chaque chapitre est une histoire, mythique, magique, drôle, ou triste, qui nous transporte ou nous ramène. Impossible de savoir si on est parti très loin ou resté tranquillement au point de départ. Chaque chapitre est une expérience, une vie, une pièce de puzzle; et dans cette image, cette sensation que l'on retient en refermant le livre, le tout est supérieur à la somme des parties. Nous sommes un, et nous sommes tous. Une merveille.» 

Agora a integrar o catálogo da Hachette Livre, que já distribui 12 obras da mesma editora, e vai alargar a mais autores que ali chegam pela mão de Laure Elisabeth Colletcom este já tenho três livros, os quais  já constavam no mercado francófono quer em edição e-book, quer em papel. Evidentemente, agora a sua presença ganhou um novo fôlego.  

-- Mozambique: Pour que ma mère se souvienne;
-- Isabel de Portugal: L'Impératrice: Le pouvoir au féminin au XVIème siècle (Biographie Historique)


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