O Vicente do Ó realizou um filme que foca a vida do poeta Al Berto no ano solar de 1975 que vai estrear brevemente. Conhecemo-nos por um acaso «milagroso» e por uma soma de coincidências. Ele encontrou registos dessa época num texto meu, neste blogue. Mais tarde, levou à cena uma peça de teatro sobre António Variações, biografado por mim (a única bio historiográfica e extensiva que existe deste ícone pop português). Estamos assim ligado por fios luminosos de imagens, palavras, acção, a duas figuras ímpares do nosso século XX. Acrescente-se que eu conheci os dois, António Variações e Alberto Pidwell, em cujo palácio vivi nesse inesquecível ano de 1975. E Vicente do Ó é, simplesmente, o irmão mais novo do grande amor de Alberto, João Maria do Ó. Grande, sim. Fui testemunha de quão intensa, fulgurante e bela foi a história de amor entre ambos. Quem melhor do que Vicente, que já recuperou a memória de outra grande, Florbela Espanca no cinema português, e cresceu a conhecer, a privar com o poeta, com os dois poetas, para levá-lo ao grande ecrã?
Partilho um texto (facebook) que evoca, muito parcialmente, essa época em que vivíamos no Palácio Pidwell. E duas fotos preciosas. Numa delas, a única que consegui conservar, revejo Al Berto que todos conhecem, e João do Ó, que já foi publicado postumamente pelo irmão, o realizador do filme que todos aguardamos. E eu?
Junto memórias, sou tecelã de palavras. Que vida. Há que vivê-la, há que contá-la.
Partilho um texto (facebook) que evoca, muito parcialmente, essa época em que vivíamos no Palácio Pidwell. E duas fotos preciosas. Numa delas, a única que consegui conservar, revejo Al Berto que todos conhecem, e João do Ó, que já foi publicado postumamente pelo irmão, o realizador do filme que todos aguardamos. E eu?
Junto memórias, sou tecelã de palavras. Que vida. Há que vivê-la, há que contá-la.