Extracto da minha crónica deste mês no nosso BOAS NOTÍCIAS:«Eram batatas-doces, esqueci-me delas, e quando reparei estavam a despontar. Já não serviam para comer, mas estavam tão vivas, que não consegui deitá-las no lixo. Tempos depois, coloquei-as num pequeno alguidar de plástico. Cresciam simplesmente sobre si próprias. Estavam cheias de raminhos, folhinhas, coisas de plantas. Borrifei-as e reagiram escandalosamente àquelas gotas de água, derramando-se por tentáculos eufóricos. Coloquei-as, finalmente, em evidência, sobre uma prateleira e espalhei um bocado de terra sobre elas, que já estavam a espreguiçar-se para todos os lados, procurando abraçar candeeiros e torneiras. “Isto está fora de controlo” – disse ele. – “Um dia entro em casa e estás estrangulada, diante do lava-loiças.”
[...] para ler o resto:
O Tempo dos Milagres: A Coisa
[...] para ler o resto:
O Tempo dos Milagres: A Coisa
2 comentários:
Li o texto integral... delicioso!
Obrigada, Carla.
Enviar um comentário