quinta-feira, dezembro 20, 2012

Love you, adoro-te e tudo e tudo

Gosto de ti. Amo-te. A sério? Amo-te muito. Adoro-te. A sério? Então porque é que nunca o dizes? Ah porque eu sou mesmo assim. As palavras entalam-se-me no peito e quando chegam às cordas vocais embrulham-se no ar que respiro, e então respiro muito fundo, mesmo muito fundo como quem está quase a afogar-se, e depois quando vou à procura delas, das palavras, fugiram e só me ocorrem coisas parvas. Ah, e então dizes que não dizes porque não vale a pena dizer o que dizes que eu já sei que ias dizer. É isso? Com muito menos vocabulário, é mesmo assim. Oh, que merda, assim sendo não te vais declarar nunca, é isso? Para quê? Se tu sabes e eu sei e ambos sabemos que ambos sabemos?

Ela pensou e pensou, e finalmente encolheu os ombros e ia responder qualquer coisa, mas as palavras morreram-lhe na boca porque ele as afogou de beijos. Foi a declaração de amor mais intensa que ela recebeu em toda a vida. Mas naquela altura era jovem demais para ter a noção disso. Em todo o caso, os dois ficaram juntos, mais ainda do que já estavam. Ficaram juntos para sempre.

Ou então sou eu a imaginar felizes desenvolvimentos para finais menos felizes, Mas que importa. Naquele tempo amavam-se totalmente, e sobre amores assim, o tempo não tem poder, embora o espaço possa determinar outras soluções menos idílicas.

É a vida.

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