terça-feira, setembro 08, 2015

Alegria de viver

Trago do mural da minha candidatura no facebook, o texto de hoje:

«La joie de vivre»

Hoje o mundo dói-me tanto, que a única coisa a fazer é cobrir-me de alegria para enfrentar a violência da dor que alastra na maré negra dos ódios. Não é ignorar. Tão-pouco retirar-lhes a importância. É usar as armas que disponho. A começar pela gratidão constante pelo que ainda temos de paz, amor, tecto e pão. A gratidão que me impede de perder as forças. O combate é todos os dias. 

O primeiro inimigo que encontro é o cavalo louco dos pensamentos sem freio. Os meus. Os nossos. O segundo inimigo é o medo. O medo instilado gota a gota no nosso coração, já que nos querem escravos e o medo é o melhor freio que existe para nos escravizarem. O terceiro inimigo é o hábito, que tudo acaba por tolerar e sofrer e aceitar.

Muito trabalho de casa, portanto. Assim, como recusar a alegria que vem nem eu sei bem de onde mas que se espelha nos mais pequenos gestos, nos mais pequenos detalhes? Hoje, vou tentar seguir um dos lemas de uma mulher que me irritava um bocadinho até a conhecer muito melhor, quando há quase trinta anos li a biografia extraordinária e seriíssima assinada por Ida Friederike Goerre. O lema, e cito de cor: «Fazer na perfeição as coisas mais insignificantes». Ficou conhecida como Santa Teresa do Menino Jesus da Santa Face. A Santa Teresinha das pagelas pirosas. E que grande mulher foi ela.

Nota - há outros santos e santas que me inspiram. De várias religiões diferentes. A sacralidade da Vida é total. Cabe em todos os cultos. E abarca todas as formas de viver. Desde o coração do átomo aos confins do que chamamos universo.

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