É com o maior desgosto que venho manifestar toda a minha solidariedade com o Brasil. Com rompimento das barragens de dejectos de provenientes da mineração exploradas pela empresa Samarco, em Mariana, no estado de Minas Gerais, deu-se o maior desastre ecológico da história recente brasileira e do mundo.
Manifesto igualmente minha profunda solidariedade para com as populações mártires desta catástrofe ambiental, que acontece na altura em que o Governo e as multinacionais pressionam pela flexibilização das regras de licenciamento ambiental. Baixando ainda mais os índices de segurança exigidos, em detrimento de um lucro cada vez mais rápido e sem entraves. E solidarizo-me com as famílias dos mortos e desaparecidos - em número indefinido, porque os números não coincidem. E, para além das vítimas imediatas, muitas mais se seguirão por envenamento. Sem falar num rio assassinado, na rede freática contaminada, e no abastecimento de água da região, brutalmente comprometido. E nas terras, doravante mortas, logo improdutivas para a longa duração. Muitos milhões de pessoas, que vivem nas margens ribeiras do Rio Doce, estão condenadas à fome por inanição, ou à tragédia do deslocamento colectivo para longe de tudo o que representava o seu mundo e a sua forma de vida.
Profundamente consternada, registo que, na sequência desta tragédia, todo o planeta vai sofrer os seus efeitos. O envenenamento dos oceanos, causado por este rio de lama de uma toxicidade inimaginável, vai causar a subida das temperaturas do ar, e, potencialmente, precipitar as condições climáticas para um cenário apocalíptico. Cientistas e técnicos apontam uma solução - desviar esta maré de uma toxicidade sem precedentes, para uma cratera, de forma a impedi-la de atingir os oceanos. Mas as medidas têm sido lentas demais para perigo tamanho.
Acima de tudo, as regras sem regra de uma economia sem consciência nem ética, têm todas de ser revistas. Acima de tudo, políticas, políticos e governos, escolhidos pelos povos, não podem continuar a ser o eixo de transmissão dos meros valores do dinheiro, colocando-se apenas ao seu serviço e traindo claramente os seus eleitores, legítimos proprietários da terra, da água, do ar, dos bens da Vida que permitem viver.
A tragédia ambiental do que já é chamado o Brazilian Fukushima tem um preço elevadíssimo. Quem o pagará? Todos nós, porque o Planeta é só um, e porque todos estamos ligados. Quem lucra e lucrou com isto? Os mesmos. Os de sempre. Com a ajuda de ... os mesmos. Os de sempre.
É tempo de mudar as regras do jogo da Vida.
Manifesto igualmente minha profunda solidariedade para com as populações mártires desta catástrofe ambiental, que acontece na altura em que o Governo e as multinacionais pressionam pela flexibilização das regras de licenciamento ambiental. Baixando ainda mais os índices de segurança exigidos, em detrimento de um lucro cada vez mais rápido e sem entraves. E solidarizo-me com as famílias dos mortos e desaparecidos - em número indefinido, porque os números não coincidem. E, para além das vítimas imediatas, muitas mais se seguirão por envenamento. Sem falar num rio assassinado, na rede freática contaminada, e no abastecimento de água da região, brutalmente comprometido. E nas terras, doravante mortas, logo improdutivas para a longa duração. Muitos milhões de pessoas, que vivem nas margens ribeiras do Rio Doce, estão condenadas à fome por inanição, ou à tragédia do deslocamento colectivo para longe de tudo o que representava o seu mundo e a sua forma de vida.
Profundamente consternada, registo que, na sequência desta tragédia, todo o planeta vai sofrer os seus efeitos. O envenenamento dos oceanos, causado por este rio de lama de uma toxicidade inimaginável, vai causar a subida das temperaturas do ar, e, potencialmente, precipitar as condições climáticas para um cenário apocalíptico. Cientistas e técnicos apontam uma solução - desviar esta maré de uma toxicidade sem precedentes, para uma cratera, de forma a impedi-la de atingir os oceanos. Mas as medidas têm sido lentas demais para perigo tamanho.
Acima de tudo, as regras sem regra de uma economia sem consciência nem ética, têm todas de ser revistas. Acima de tudo, políticas, políticos e governos, escolhidos pelos povos, não podem continuar a ser o eixo de transmissão dos meros valores do dinheiro, colocando-se apenas ao seu serviço e traindo claramente os seus eleitores, legítimos proprietários da terra, da água, do ar, dos bens da Vida que permitem viver.
A tragédia ambiental do que já é chamado o Brazilian Fukushima tem um preço elevadíssimo. Quem o pagará? Todos nós, porque o Planeta é só um, e porque todos estamos ligados. Quem lucra e lucrou com isto? Os mesmos. Os de sempre. Com a ajuda de ... os mesmos. Os de sempre.
É tempo de mudar as regras do jogo da Vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário