segunda-feira, dezembro 21, 2015

“Sou a candidata da base da pirâmide”

Extracto da minha última entrevista ao semanário Expresso, edição de 19/12/2015. Texto Alexandra Simões de Abreu Foto José Caria:

«Apoiada pelo PAN, Manuela Gonzaga diz que o seu maior adversário é a ignorância, que a economia não pode ser a única prioridade da política e que a língua portuguesa é o nosso último reduto. Otimista, acredita que os interesses do país vão ser mais fortes do que os interesses político-partidários e, por isso, viu com bons olhos o acordo da esquerda.

Porque se candidata?
Por uma questão de cidadania. Para mim também foi surpreendente. Sou uma intelectual, uma historiadora, uma escritora, fui jornalista toda a vida. Nunca pensei em política porque nunca me identifiquei com nenhuma proposta política, até as considerava bastante maçadoras. Até que quando o PAN surgiu senti que podia ajudar. De repente tinha um enquadramento e isso dá uma grande segurança. P

Porque é que os portugueses devem votar em si?
Porque a liberdade incondicional, o meu lema, é o maior desígnio de qualquer ser humano e é esse despertar que proponho. Estamos demasiado manipulados e adormecidos para perceber que a nossa liberdade é bastante condicionada.

Tendo em conta os candidatos que se perfilam, com qual ou quais sente maior afinidade?
Sinto-me muito em sintonia com Paulo Morais na denúncia da corrupção por uma sociedade com mais transparência e mais justa; com Marisa Matias na denúncia das injustiças sociais mais gritantes e com Marcelo pelo contacto de proximidade com os cidadãos. Na minha campanha, com meios imensamente menores, pretendo dar voz a quem não a tem, idosos, crianças, precários, desempregados, e denunciar desigualdades. Ou seja, acredito que a política deve ter novos rostos, para pensarem e fazerem diferente e que a economia não pode ser a única prioridade. Serei a provedora dos cidadãos.

Já tem as assinaturas necessárias? 
Pensamos ter o processo completo muito em breve. Temos as dificuldades de uma máquina pequena que vive de voluntariado, mas esta é uma candidatura para avançar, com uma campanha cara a cara, sem canetas ou T-shirts para oferecer.

Quem são os seus principais adversários?
A ignorância, a falta de cultura cívica, o desencanto, o medo, a condição esmagadora em que vivemos quase todos. Eu sou a candidata da base da pirâmide. Não estou suportada por grandes aparatos, o que significa que estou ligada à corrente. Ando a pé, ando de metropolitano, nunca tenho tanta pressa que não possa desviar para ou - vir alguém ou para ajudar.

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Para ler mais: https://manuelagonzagapresidenciais.files.wordpress.com/2015/12/expresso-19-12-2015.pdf





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