«Onde estão todos?»
A pergunta pairou no ar sob a forma de uma música que quase nenhuma das criaturas que a circundavam conseguia ouvir.
Ela repetiu:
«Onde está o meu povo?»
Ao seu redor, o vento agitou-se mas não lhe trouxe respostas. Só perfumes.
Ela subiu por um ramo. Era um ramo de medronheiro. A árvore estava carregada de bagas duras, vermelhas e alaranjadas. Muitas mais atapetavam o chão em seu redor.
Ela ficou ali parada, a tentar segurar-se ao ramo, as asas caídas, as antenas vibráteis. No ar fresco da manhã não havia mensagens para si.
Ela era a última borboleta do Verão.
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