quinta-feira, dezembro 09, 2010

«Armas de destruição» natural. Onde pára o exército?

No caos que se seguiu aos tornados que assolaram algumas regiões de Portugal, toda a ajuda seria bem-vinda. Por exemplo, por parte daquela multidão de homens na flor da idade, completamente inúteis no que toca ao bem comum, porque a filosofia que preside à sua existência enquanto corpo social, é apenas a intervenção em «teatro de guerra». Entretanto jogam com seus artefactos milionários em circuito fechado. 

Que fragilidade a dos sucessivos ministros de defesa de Portugal, sempre tão impossibilitados de afrontar a «dignidade» dos quartéis ordenando às chefias do exército português, tão estreladas e tão conscientes da sua importância no teatro autista em que se movem, que ponham os mancebos a reconstruir, a remover destroços das estradas, a ajudar as populações. É também lhes podiam servir para isso as magnificas valências que adquirem na Academia Militar, uma das melhores no ranking mundial. E a maquinaria pesada, toda, necessária para a sua execução. E a logística exemplar para optimizar uma acção destas em tempo recorde.
Podia, inclusivamente, servir-lhes de treino.
Assim, quando tiverem de executar o trabalho para o qual foram treinados – matar e destruir –, sempre terão no seu curriculum outras acções igualmente compensatórias e louváveis.
Entretanto já ascende a doze milhões o prejuízo. As lágrimas não tem conto. Nem entram em linha de conta. É o desespero de muitos portugueses que tudo perderam numa brutal rabanada de vento. Em minutos.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/tornado-prejuizos-de-12-milhoes

4 comentários:

Ventania disse...

Excelente, certeiro!

Manuela Gonzaga disse...

Gratias, princesa.

Ysse disse...

Estive hoje em Tomar perto da Barragem de Castelo de Bode. Pelo caminho não me deparei com vestigios ou destroços do tornado. Confesso que ia reticente. Reparei que a temperatura era elevada, atendendo à localidade e época do ano em que nos encontramos. Parece que tudo ajuda a crise e pouco há a favor de nós, desde a situação em que o País se encontra a catástrofes naturais :(. Toca a abrir o olho, preservar e conservar o que é nosso, ajudar e lutar pelo nosso País, pelos nossos.

Manuela Gonzaga disse...

Tomar e toda a sua envolvente região, é lindíssimo, vale sempre uma visita.