é a dádiva que recebe aquele que encontrou a perfeita palavra.
É em sua busca que peregrina o poeta que é um místico, um santo, um louco de Deus.
Se conhecerem algum, tratem-no com toda a veneração. A sua vida calcinada e dura, o seu corpo trespassado de feridas visíveis ou encobertas, os seus olhos a arder de febre e de luz, são a sua certidão de identidade.
São tão raros, que é benção encontrar algum. Pode até apresentar-se como mendigo, mas ao bebermos do seu ar reconheceremos, de imediato, estar diante de um rei ou rainha de inatingíveis e sublimes reinos.
Andam entre nós de empréstimo.
A exaltação é a sua medida.
Muito poucos se deixam ver. Muito poucos conseguem vê-los.
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