quinta-feira, dezembro 30, 2010

Changara, Moatize, Caroeira, Meponda, Metangula, Nacala, Furancungo...

Para nós, para mim, começaram por ser nomes, escondidos nas páginas de ontem, que se fizeram presentes.  Nomes muito antigos com o travo da descoberta, o perfume de muitos reencontros. Nomes de lugares. Palavras musicais em todas suas bem amadas sílabas. Changara, Moatize, Caroeira,  Meponda, Metangula, Nacala, Furancungo, Lourenço Marques, Beira, Nampula, Namaacha, Luanda, Moçâmedes, Cabinda. E tantos, tantos mais.
Juntamente com estes nomes, rostos de quem amamos, em todas as declinações do afecto. E sabores, cheiros, histórias. Paisagens inesquecíveis. Terra escura, terra-mãe, terra nossa, porque é nosso tudo o que amamos sem condições.
Vida. Uma explosão de vida.
Pode-se usar, por uma vez, o tão estafado, o tão abusado vocábulo «Saudade»?
O bom dos bons velhos tempos, é que são sempre novos.
O bom dos bons velhos tempos é que nos estão sempre a acontecer.
Que o coração se dilate para abrigar tanta memória feita presente. E uma amorosa gratidão que nem sei quanta.

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