É a história desta gata que entrou nas nossas vidas há menos de um ano. Como me chamava da forma mais sedutora que se possa imaginar, e como era minúscula e graciosa, apesar de adulta, chamei-lhe Lolita. Depois, pelo seu miauuuuu de arrasar corações, juntei-lhe o blue da flor. Ficou Miausótis.
Lolita Miausótis (foto Marta Gonzaga) |
Do mural do meu facebook para aqui:
Garantido esse ritual diário, ao fim de umas semanas, duas ou três, passou finalmente a aceitar comida das minhas mãos para o pratinho que mantém até hoje. Pouco tempo mais tarde, começou a saltar-nos para o colo e de lá para a nossa vida. Não é nossa. Gatos não são propriedade alheia. Mas tornou-nos dela. Ficámos da tribo. Em casa, já entra e sai. E fica. E dorme. E enrosca-se. Pôs o Timóteo na ordem, e duplicou o tamanho em menos de seis meses, porque já come aqui e come muito bem. Antes, assaltava a comida dos gatos domésticos dos jardins em redor. E pendurava-se nas cordas da roupa da Ana, que vive ao lado, a exigir a sua parte nas refeições, miando desalmadamente.
Em todo o caso, era muito pequenina, muito frágil e muito arisca.
Mas agora, os gatos grandes silvestres das redondezas, que a atacavam em refregas brutais - vox populi das janelas - têm um medo dela que se pelam. Ela correu com eles do seu território - que é uma faixa alargada de quintais arborizados e floridos, muros altos e escadas de incêndio. No mais, é uma sedutora adorável.
A nossa Lolita Miausótis.
Nota: O dono anterior - porque o teve - infertilizou-a felizmente. Mas o senhor morreu, e ela nao gostou da casa e do cuidador que lhe sucedeu. Veio para a rua. Uma rua toda feita de muros altos a esconderem os nossos secretos jardins e quintais floridos. Como diz a Ana «fez uma opçao de vida». Até nos encontrar e ter decidido que íamos ser dela. Outra opção de vida.
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