Esta é uma memória de uma memória. É um instantâneo extra catálogo da reportagem que fui fazer para a revista Notícia de Angola. Foi tirada em 74, Cabinda, floresta do Maiombe, por onde tenho andado a passear com a minha amiga Isabel Valadão. Somos irmãs há muito anos e temos também muitas memórias juntas a partilhar. Conhecemo-nos por lá. Em Luanda, Angola. Reencontrámo-nos por cá, em Lisboa por alturas do lançamento de um dos meus livros. Tinham-se passado décadas, mas o tesouro da nossa amizade estava intacto. Um, dois anos depois, ela começou a publicar, estreando-se no romance literário com Loanda, Escravas, Donas e Senhoras. Eu tinha feito História Ramo Científico (Nova) ela, História de Arte (Clássica). E tinha o tal livro na gaveta que a "obriguei" a tirar cá para fora. Foi o recomeço. Reganhámos chão e recuperámos raízes dispersas. Reencontrámos e partilhámos outra gente muito querida desses tempos outros. Tertuliamos. Descobrimos que ambas temos um amor incondicional pelos nossos companheiros de quatro patas. Privilégio.
E agora, temos feito outras viagens.
Portanto aqui estava eu, fresca como uma alface tripeira, numa reportagem que teve incidentes dignos de nota. Assustadores. Exultantes. A liberdade estava a caminho. Foi depois de Abril. Esta imagem integra o conjunto de fotografias que ilustram as (outras) memórias narradas em Moçambique para a Mãe se lembrar como foi um livro que tem corrido mundo e que a Mãe ainda foi a tempo de ver impresso
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